Quarta Meditação: Da Solidão

 Na terceira meditação, Jefersson falou sobre a vida e morte, sem no entanto considerar a escatologia.

 Agora, na quarta meditação, irei dissertar sobre a solidão. Mas na maioria das vezes não estamos na solidão. Digo que deveriamos estar sozinhos, pelo fato de necessitarmos passar por um contínuo processo de autoconhecimento; e esse processor exige uma certa solidão para que possa ocorrer.

 Na  última meditação que foi postada neste blog, o autor se restringiu a falar poucas palavras sobre a solidão, isto porque o foco era outro.

 Estamos rodeados de bilhões e bilhões de pessoas. Se pensarmos no sentido estrito da palavra solidão, obviamente que não estamos sozinhos. Mas se formos mais a fundo, perceberemos que o silêncio e o distanciamento das pessoas que convivem conosco nos leva a um “ambiente” propicio para estarmos na “solidão”, que nos ocasiona um tempo de descobrimento de si próprio.

 A solidão nesta quarta meditação, aparece como boa e importante. Só quem se permite estar na “solidão” é que começa a se entender um pouco melhor. Os que não acreditam ou não concordam com isso, correm o sério risco de serem simples corpo controlado por algo ou alguém.

 Entender o porque ou pelo menos tentar entender o porque somos o que somo e agimos como agimos é de fundamental importância, caso o contrário, nos tornaremos como que idiotas, do tipo dos que dizem sim porque sim e não porque não.

 Dessa forma, a solidão não é estar sozinho, mas sim estar distante de pessoas. E essa distância, como foi dito, faz o ateu entender porque é ateu e o cristão entender porque é cristão.

  Se você leu esta meditação, antes de concordar ou discordar, vá para seu quarto e feche a porta, e depois de meditar sobre este texto, volte e opine de maneira pensante e inteligente. Não concorde porque seu amigo concordou e nem discorde porque ele discordou. Só assim poderemos dizer que somos seres pensantes e inteligentes.

 “Solidão não é estar sozinho. Solidão é estar longe dos que amamos para podermos pensar.”

                                 ( José Roberto Eduardo, Pinhalão - Paraná)